quinta-feira, 6 de junho de 2013

Lei da evolução

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Lei da Evolução é o nome utilizado com mais freqüência hoje em dia pelos adeptos e estudiosos do espiritismo para se referir à Lei do Progresso, uma das dez "Leis Morais" a que alude Allan Kardec na Parte Terceira de O Livro dos Espíritos.
Segundo esse princípio, tudo o que existe está em contínua evolução, o Universo, os mundos e os seres, tanto os animados quanto os inanimados, isoladamente ou em conjunto.
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Conceituação Espírita
"Ao mesmo tempo que todos os seres vivos progridem moralmente, progridem materialmente os mundos em que eles habitam. 
Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros átomos destinados e constituí-lo, vê-lo-ia a percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso. 
Marcham assim, paralelamente, o progresso do homem, o dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da habitação, porquanto nada na Natureza permanece estacionário."
A Lei da Evolução é intimamente relacionada à Lei de causa e efeito e à Lei da Reencarnação, sendo essencial o entendimento das três leis para compreensão do todo.
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A Evolução do Espírito e a Pluralidade das Existências
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A Doutrina Espírita chama de "Espírito" ao "princípio inteligente" após alcançar o reino hominal, isto é, após atingir a consciência moral. 
O mito do paraíso perdido, constante do livro bíblico "A Gênese", pode ser intepretado como a perda da ingenuidade moral.
"As almas que animavam os humanóides viviam no Éden da ingenuidade. 
Não tendo ainda adquirido a consciência moral, isto é, sendo incapazes de discernir entre o certo e o errado, não eram responsáveis pelos seus atos, não sendo, portanto, submetidas a expiações. 
Quando essas almas provaram do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, isto é, quando sua consciência tornou-se madura e se tornaram Espíritos, elas foram expulsas do Éden da ingenuidade e passaram a comer “o pão com o suor do seu rosto”, isto é, tornaram-se responsáveis pelos seus atos, submetendo-se, a partir de então, à Lei da Causalidade".
A Lei da Evolução, aplicada ao Espírito, diz que, através de sucessivas encarnações, o mesmo auto-aperfeiçoa gradativamente nas dimensões intelectual e moral, deixando sua condição inicial de "simplicidade e ignorância" para se elevar à condição de pureza espiritual..
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Evolução e Causalidade
Ensina a Doutrina Espírita que "O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. 
Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la.".
Sendo o Espírito dotado de livre-arbítrio sobre suas ações e sendo ele responsável pelos seus atos, sempre que o indivíduo (espírito encarnado) pratica uma ação contra a lei de Deus, ele pratica o mal, devendo, portanto, reparar, em oportunidade futura, o mal que cometeu, o que fará tendo que repetir em piores condições experiência relacionada àquela onde ele errou, o que é chamado de expiação. 
Se, por outro lado, ele pratica uma ação conforme à lei de Deus, ele pratica o bem, nada tendo a reparar e credenciando-se a novas experiências que são chamadas de provas. 
Tal é a expressão da Lei de Causa e Efeito.
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Evolução e as Diferentes Categorias de Mundos Habitados
A evolução dos mundos habitados ocorre no mesmo ritmo da dos seres que habitam em cada um deles. 
Os mundos habitados, segundo o Espiritismo, podem ser classificados do seguinte modo:
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Mundos Primitivos: destinados às primeiras encarnações do Espírito. 
São os mundos formados há menos tempo. 
Neles se encontram todos os seres nas suas fases iniciais de progresso.
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Mundos de expiação e provas, onde domina o mal entre os Espíritos. 
Nesses mundos, algumas espécies animais já demonstram um certo grau de raciocínio e consciência.
 A exploração dos animais pelo ser humano e o desrespeito à natureza são preponderantes.
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Mundos de regeneração, nos quais os Espíritos que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta. 
As demais espécies de seres vivos estão mais evoluídas e poucos são os seres humanos que as exploram para o trabalho ou para deles se alimentarem.
 É maior, também, o respeito pela natureza em geral.
Mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal. 
Nesses mundos a exploração das espécies animais pelo ser humano e o desrespeito pela natureza são reduzidos.
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Mundos celestes ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. 
Todos os outros seres, nestes mundos, encontram-se no seu estágio final de desenvolvimento antes de passarem para o reino seguinte na escala evolutiva. 
Reinando somente o bem nesses mundos, a harmonia entre todos os seres é total.
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A Terra pertence, ainda, à categoria de mundo de expiação e provas. 
É inegável, no entanto, que o mal, sob uma perspectiva histórica, vem diminuindo de forma sistemática e que já se pode dizer que as iniciativas voltadas para o bem são, pelo menos, tão numerosas quanto as voltadas para o mal. 
Pode-se concluir, portanto, que a Terra está entrando em uma fase de transição para mundo de regeneração. Mensagens espirituais que vem sendo recebidas no movimento espírita desde o final do século XX têm confirmado tal percepção.
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Paralelos com o Budismo
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Para o Budismo, há seis tipos de existência: Deuses, Semideuses, Humanos, Animais, Fantasmas famintos e Seres do Inferno; o renascimento em formas superiores ou inferiores seria determinado pelos bons ou maus atos, ou karma, produzido durante vidas anteriores.
Nas diversas vertentes do Budismo não existe a idéia de um Plano Espiritual onde vivem os espíritos desencarnados, como existe no Espiritismo. 
Para elas, a alma transita continuamente entre os diversos reinos acima, cada um com suas características distintas.
Outra diferença entre o Budismo e o Espiritismo é com respeito à questão da evolução entre os reinos. 
Para o Espiritismo, os reinos possuem fases progressivas de aprendizado. 
Assim, quem já reencarna como ser humano, nada mais tem a aprender como animal.
 Para o Budismo, por outro lado, alguns humanos podem precisar viver existências como animais em função de seu karma.
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A Evolução nos Reinos da Natureza
As ciências que estudam o comportamento animal, tanto a Etologia, quanto a Psicologia Comparativa surgiram no século XX, após, portanto, Kardec ter escrito a Codificação. 
Assim sendo, para se ter uma melhor compreensão de como o princípio inteligente evolui através dos reinos da natureza, é recomendável um estudo das obras que constam de uma bibliografia não exaustiva sobre o assunto que consta ao final deste artigo.
É importante observar, para compreensão dessas obras, que, para o Espiritismo, a humanidade está em um reino à parte dos demais animais, reino este que é chamado de hominal, como visto mais acima, uma vez que somente o ser humano possui a consciência moral.
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Ficheiro:Evolução espiritual.gif
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No quadro acima pode-se ter uma idéia de como se procede a Evolução do Espírito, através das sucessivas reencarnações.
Por este quadro vê-se que, quando mais próximo do grau zero, menos evoluído será o indivíduo, ao passo que aquele que mais se aproximar de 10 será uma pessoa com alto grau de conhecimento e amor, ou seja, de sabedoria e, depois dele, terá atingido um grau comumente chamado de angelitude, o que na "escala espírita correponde ao estágio de Espírito Puro.
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Fonte de Pesquisa:
Wikipédia
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