quinta-feira, 6 de junho de 2013

Vida após a Morte

Ficheiro:GuideToTheAfterlife-CustodianForGoddessAmun-AltesMuseum-Berlin.png
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Papiro egípcio descrevendo a jornada para o Além.
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As expressões vida após a morte, além, além-túmulo, pós-vida, ultravida e outro mundo referem-se à suposta continuidade da alma, espírito ou mente de um ser após a morte física. 
Os principais pontos-de-vista sobre o além provém da religião, esoterismo e metafísica. 
Sob vários pontos de vista populares, esta existência continuada frequentemente toma lugar num reino espiritual ou imaterial. 
Acredita-se que pessoas falecidas geralmente vão para um reino ou plano de existência específico após a morte, geralmente determinado por suas ações em vida. 
Em contraste, o termo reencarnação refere-se ao renascimento em um novo corpo físico após a morte, isto é, a doutrina da reencarnação postula um período de existência do ser em outros planos sutis, que ocorre entre duas existências físicas ou renascimentos.
Aqueles que são céticos quanto a existência de uma vida após a morte, podem acreditar que ela é absolutamente impossível, tal como os materialistas-reducionistas, que declaram que tal tema é sobrenatural, e logo, ou não existe ou é incognoscível.
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Tipos de vida após a morte
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Existem dois tipos de opinião, fundamentalmente diferentes, sobre a vida após a morte: opinião empírica, baseada em observações, e opinião religiosa, baseada na fé.
O primeiro tipo de assertiva baseia-se em observações feitas por humanos ou instrumentos (por exemplo, um rádio ou um gravador de voz, usados em psicofonia). 
Tais observações são feitas a partir de pesquisa de reencarnação, experiências de quase-morte, experiências extracorporais, projeção astral, psicofonia, mediunidade, várias formas de fotografias etc. 
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Vida após a morte em diferentes modelos metafísicos
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Nos modelos metafísicos, teístas geralmente acreditam que algum tipo de ultravida aguarda as pessoas quando elas morrem. 
Os ateus geralmente não acreditam que haja uma vida após a morte.
 Membros de algumas religiões geralmente não-teístas, como o budismo, tendem a acreditar numa vida após a morte (tal como na reencarnação), mas sem fazer referências a Deus.
Os agnósticos geralmente mantém a posição de que, da mesma forma que a existência de Deus, a existência de outros fenômenos sobrenaturais tais como a existência da alma ou a vida após a morte são inverificáveis, e portanto, permanecerão desconhecidos. 
Algumas correntes filosóficas (por exemplo, humanismo, pós-humanismo, e, até certo ponto, o empirismo) geralmente asseveram que não há uma ultravida.
Muitas religiões, crendo ou não na existência da alma num outro mundo, como o cristianismo, o islamismo e muitos sistemas de crenças pagãos, ou em reencarnação, como muitas formas de hinduísmo e budismo, acreditam que o status social de alguém na ultravida é uma recompensa ou punição por sua conduta nesta vida.
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Ficheiro:LibroMuertosMetropolitan.jpg
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Seção do Livro dos Mortos.
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Vida após a morte em antigas religiões
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Egito Antigo
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A ultravida desempenhava um importante papel na antiga religião egípcia, e seu sistema de crenças é um dos mais antigos conhecidos.
 Quando o corpo morria, partes de sua alma conhecidos como ka (corpo duplo) e ba (personalidade) iam para o Reino dos Mortos. 
Enquanto a alma residia nos Campos de Aaru, Osíris exigia pagamento pela proteção que ele propiciava. Estátuas eram colocadas nas tumbas para servir como substitutos do falecido.
Obter a recompensa no outro mundo era uma verdadeira provação, exigindo um coração livre de pecados e a capacidade de recitar encantamentos, senhas e fórmulas do Livro dos Mortos. 
No Salão das Duas Verdades, o coração do falecido era pesado contra uma pena Shu de verdade e justiça, retirada do toucado da deusa Maet.
 Se o coração fosse mais leve que a pena, a alma poderia continuar, mas, se fosse mais pesada, era devorada pelo demônio Ammit.
Os egípcios também acreditavam que ser mumificado era a única forma de garantir a passagem para o outro mundo. 
Somente se o corpo fosse devidamente embalsamado e sepultado numa mastaba, poderia viver novamente nos Campos de Yalu e acompanhar o Sol em sua jornada diária. 
Devido aos perigos apresentados pela ultravida, o Livro dos Mortos era colocado na tumba, juntamente com o corpo.
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Zoroastrismo
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Zaratustra, que viveu na antiga Pérsia por volta do século VII a.C., pregava que os mortos serão devorados pelo terror e purificados para viver num mundo material perfeito no fim dos tempos.
O texto pálavi Dadestan-i Denig ("Decisões Religiosas"), datado de cerca de 900 AD, descreve o julgamento particular da alma três dias após a morte, sendo cada alma enviada para o paraíso, inferno ou para um lugar neutro (hamistagan) para aguardar pelo Juízo Final.
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Hades e Cérbero, o cão de três cabeças.
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Religião da Grécia Antiga e romana
Na Odisséia, Homero refere-se aos mortos como "espectros consumidos". 
Uma ultravida de eterna bem-aventurança existe nos Campos Elísios, mas está reservada para os descendentes mortais de Zeus.
Em seu Mito de Er, Platão descreve almas sendo julgadas imediatamente após a morte e sendo enviadas ou para o céu como recompensa ou para o submundo como punição.
 Depois que seus respectivos julgamentos tenham sido devidamente gozados ou sofridos, as almas reencarnam.
O deus grego Hades é conhecido na mitologia grega como rei do submundo, um lugar gélido entre o local de tormento e o local de descanso, onde a maior parte das almas residem após a morte. 
É permitido que alguns heróis das lendas gregas visitem o submundo.
 Os romanos tinham um sistema de crenças similar quanto a vida após a morte, com Hades sendo denominado Plutão. 
O príncipe troiano Enéas, que fundou a nação que se tornaria Roma, visitou o submundo de acordo com o poema épico Eneida.
*Ficheiro:DSC00450, Viking Ship Museum, Oslo, Norway.jpg
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Barco funerário viking. 
Esperava-se que pessoas enterradas nestas embarcações fossem conduzidas em segurança para o Outro Mundo.
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Religião nórdica
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Os Eddas em verso e em prosa, as mais antigas fontes de informação sobre o conceito nórdico de vida após a morte, variam em sua descrição dos vários reinos que são descritos como fazendo parte deste tópico. 
Os mais conhecidos são:
Valhala: (literalmente, "Salão dos Assassinados", isto é, "os Escolhidos").
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 Esta moradia celestial, de alguma forma semelhante aos Campos Elísios gregos, está reservado aos guerreiros valorosos que morreram heroicamente em batalha.
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Helheim: (literalmente, "O Salão Coberto").
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 Esta moradia assemelha-se ao Hades da religião grega, com um local semelhante ao "Campo de Asfódelos", onde as pessoas que não se destacaram, seja por boas ou más ações, podem esperar residir após a morte e onde se reúnem com seus entes queridos.
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Niflheim: (literalmente, "O Escuro" ou "Hel Nevoento")
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 Este reino é grosso modo similar ao Tártaro grego.
 Está situado num nível inferior ao do Helheim, e aqueles que quebram juramentos, raptam e estupram mulheres, e praticam outros atos vis, serão enviados para lá com outros do seu tipo, para sofrer punições severas.
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Fonte de Pesquisa:
Wikipédia
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